Psiquê, vida e morte.
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Há 3 fases na vida: Crescer, Viver, Morrer.
Há alguns anos, essas três fases se distribuíam mais ou menos entre os seguintes anos: Do nascimento aos 20 anos: crescer. Dos 20 aos 40: viver. E dos 40 aos 60: Morrer.
Hoje não é mais assim, a medicina avançou:
Do nascimento aos 30: crescemos. Até os 20 anos o crescimento é o natural, tradicional, inevitável da mãe natureza; e logo dos 20 aos 30, é quando surge a disponibilidade monetária para crescermos bombados nas academias. Fora a vida acadêmica… que termina aos 38 anos, no pós-doc.
Dos 30 aos 70 vivemos. Os bem sucedidos têm por dever praticar esportes, viajar, consumir bens/cultura/lazer, tirar boas férias, degustar bons vinhos, saborear boa gastronomia, praticar yoga, meditar… os mal sucedidos: trabalhar e trabalhar, aposentadoria é coisa do passado. Ou seja, dessa parte do “viver” ninguém é poupado, todo mundo tem que cumprir dos 30 aos 70!! Sem choro, nem vela!! Claro, cada um dentro de suas possibilidades e características.
E dos 70 aos 120 morremos… Antes chegávamos já combalidos aos 40 anos, com infartos fatais, ou outro problema qualquer de saúde, com a morte já delineada.
Hoje, só lá pelos 70 anos é que a morte começa a querer dar sinais em um horizonte longínquo: entopiu as veias, ponte! quebrou a coluna, prótese! transplanta-se de tudo e muito… a morte tem que galopar muito para alcançar o cidadão.
Longevidade e a existência de uma conta bancária alta tem correlação elevada e positiva.
Morrer não existe praticamente mais.
Tal qual mulher feia – que também está declarada extinta. O que existe é mulher pobre: sem dinheiro pro cabeleireiro, prá lipo, prá academia e etc, etc, etc.
Em não havendo restrição orçamentária: Vida Eterna nessa terra!
E curtindo… O Viagra acabou com a infelicidade sexual pós andropausa.
E ainda há gente que reclama dos tempos atuais: quase imortalidade, prazer sexual andropáusico, beleza, tudo possível e acessível a quem possa pagar.
Mas, de verdade, a vida divide-se em três fases: Nascer e crescer, desenvolver-se, preparar-se para a vida adulta; depois, a segunda fase: de viver, tentar realizar sonhos e desejos, atingir metas; e uma terceira fase, de preparação para a morte, o vislumbrar de um fim para esta vida.
Esta é uma divisão tradicional no Tibet, por exemplo – que crê que a vida é uma passagem, para uma outra vida, e uma oportunidade de crescimento espiritual. Essa visão é comum a muitas culturas ao redor do mundo: 3 fases para a vida: crescer, viver e preparar-se para a morte, para transcender.
Na cultura grega antiga, o enigma da Esfinge – “Decifra-me ou devoro-te”: Qual é o animal que tem quatro pernas pela manhã, duas à tarde e três ao anoitecer?
Metáfora antiga: A resposta: o homem. Bebê engatinha, em quatro patas; o adulto, ser humano -bípede; e o ancião, com sua bengala, seu cajado, em três apoios.
Aqui também, por detrás da aparente superficial adivinhação, há a divisão crucial, da brevidade da vida, em três fases.
As três fases da vida humana: Inafastáveis, sólidas, translúcidas. Não importa a cultura ou a crença, as três fases são algo universal ao ser humano, a tudo o que seja/esteja vivo.
Para algumas pessoas a vida é mais longa, para outras mais curta. As vezes acidentalmente não vivemos as três fases, a vida é interrompida antes. Mas, no imaginário humano a noção de tempo é sempre medida,regrada por essas três fases: 1.nascer/crescer; 2.viver/realizar; e 3.morrer.
Como se tratam de fases, isso significa que ao serem ultrapassadas, já não voltam, já não podem ser recuperadas. Esse fato é uma das grandes razões para a angústia humana. Essa fluidez constante que jamais retrocede, seu caráter irrecuperável: o que passou, passou para sempre, sem voltar jamais.
Uma vida é pouco para se fazer tudo o que se gostaria de fazer, sem dúvida.
Incomodar-se, preocupar-se, ficar-se desconfortável com esse tema, é sinal de humanidade.
A consciência de estar vivo, da natureza passageira da vida, a angústia que daí provém, é uma das coisas que nos faz humanos, que nos define como espécie biológica… e talvez, como “espécie” espiritual/psicológica… duas coisas que se confundem em muitas ocasiões… na Grécia antiga, de onde surge o vocábulo “psiquê”, o significado de “psiquê” era exatamente espírito, alma.
A possibilidade de se esticar o período de vida nos tempos de hoje, é uma resposta, a meu ver, muito positiva da nossa civilização frente a brevidade da vida, com suas três fases inexoráveis.
Creio que estamos nos saindo bastante bem nessa luta perdida de antemão contra a existência. Hoje um homem de 60 anos já nem sempre é um velho. Até mesmo um homem de 80 ou 90 anos pode viver uma vida bastante satisfatória.
Nossa civilização desafia com bravura e poesia a morte: a única coisa certa que a vida nos presenteia.
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